Cultivo de Taro: Processamento de Raízes.
Introdução
O cultivo de taro, também conhecido como inhame chinês, é uma prática milenar que tem ganhado cada vez mais popularidade entre os agricultores familiares e proprietários de pequenos e médios sítios e residências. Essa raiz tuberosa, originária da Ásia, é altamente nutritiva e versátil, podendo ser utilizada tanto na alimentação humana quanto na criação de animais. Neste glossário, abordaremos o processamento das raízes de taro, fornecendo informações detalhadas sobre as técnicas de plantio, cultivo, colheita e armazenamento.
1. Escolha das mudas
A primeira etapa para o cultivo de taro é a escolha das mudas. É importante selecionar mudas de qualidade, livres de doenças e pragas, e provenientes de plantas saudáveis. As mudas devem apresentar raízes firmes e folhas verdes e vigorosas. É recomendado adquirir as mudas de produtores confiáveis ou produzi-las a partir de rizomas sadios.
2. Preparo do solo
O taro é uma planta que se desenvolve melhor em solos ricos em matéria orgânica e bem drenados. Antes do plantio, é necessário preparar o solo, realizando a aração e a gradagem para eliminar possíveis obstáculos e melhorar a estrutura do solo. Além disso, é recomendado adicionar adubos orgânicos, como esterco curtido, para fornecer os nutrientes necessários para o desenvolvimento das raízes.
3. Plantio
O plantio do taro pode ser realizado de duas formas: por meio de mudas ou por meio de rizomas. No caso das mudas, estas devem ser plantadas a uma profundidade de aproximadamente 10 centímetros, com uma distância de 50 centímetros entre as plantas. Já no caso dos rizomas, estes devem ser enterrados a uma profundidade de 15 centímetros, com uma distância de 60 centímetros entre os sulcos.
4. Irrigação
A irrigação é essencial para o bom desenvolvimento das raízes de taro. A planta necessita de umidade constante, mas sem encharcamento do solo. É recomendado realizar a irrigação de forma regular, mantendo o solo sempre úmido, principalmente durante os períodos de seca. A utilização de sistemas de irrigação por gotejamento ou aspersão pode ser uma opção viável para garantir a quantidade adequada de água.
5. Controle de pragas e doenças
O taro está sujeito ao ataque de diversas pragas e doenças, como pulgões, lagartas e fungos. Para evitar danos significativos às raízes, é importante realizar um monitoramento constante da plantação e adotar medidas preventivas, como a utilização de inseticidas e fungicidas naturais. Além disso, é fundamental manter a higiene da área de cultivo, removendo folhas e plantas doentes.
6. Colheita
A colheita do taro pode ser realizada aproximadamente 8 a 12 meses após o plantio, quando as folhas começam a amarelar e secar. Para colher as raízes, é necessário utilizar uma pá ou uma enxada, tomando cuidado para não danificar as raízes. As raízes devem ser retiradas do solo com cuidado e limpas, removendo-se o excesso de terra.
7. Armazenamento
Após a colheita, as raízes de taro devem ser armazenadas adequadamente para garantir sua durabilidade. É recomendado lavar as raízes com água corrente e deixá-las secar à sombra por algumas horas. Em seguida, as raízes podem ser armazenadas em sacos de juta ou caixas de madeira, em local fresco e arejado, com temperatura entre 10°C e 15°C e umidade relativa do ar entre 70% e 80%.
8. Beneficiamento
O beneficiamento das raízes de taro consiste na remoção da casca e no corte em pedaços menores, facilitando o processamento e o consumo. Para remover a casca, pode-se utilizar uma faca afiada ou um descascador. Em seguida, as raízes podem ser cortadas em fatias ou cubos, de acordo com a preferência do produtor.
9. Processamento
O processamento das raízes de taro pode ser realizado de diversas formas, como cozimento, fritura, desidratação e fermentação. O cozimento é a forma mais comum de preparo, sendo utilizado para a produção de purês, sopas, ensopados e acompanhamentos. A fritura é uma opção para a produção de chips e petiscos. A desidratação é utilizada para a produção de farinha de taro, enquanto a fermentação é empregada na produção de alimentos como o poi, típico do Havaí.
10. Utilização na alimentação animal
Além de ser uma excelente opção para a alimentação humana, o taro também pode ser utilizado na alimentação animal. As raízes podem ser utilizadas como suplemento alimentar para animais de criação, como suínos, aves e bovinos. O taro é rico em amido e fibras, fornecendo energia e nutrientes essenciais para os animais.
11. Benefícios nutricionais
O taro é uma raiz altamente nutritiva, sendo uma excelente fonte de carboidratos, fibras, vitaminas e minerais. É rico em amido resistente, que possui propriedades prebióticas e contribui para a saúde intestinal. Além disso, o taro contém antioxidantes, como a vitamina C, que auxiliam na proteção do organismo contra os danos causados pelos radicais livres.
12. Mercado e comercialização
O mercado para o taro tem apresentado um crescimento significativo nos últimos anos, devido à demanda por alimentos saudáveis e sustentáveis. O taro pode ser comercializado in natura, como raízes frescas, ou processado, como farinha, chips e outros produtos derivados. É importante buscar parcerias com restaurantes, mercados locais e feiras para a comercialização dos produtos.
13. Considerações finais
O cultivo de taro e o processamento das raízes podem ser uma excelente alternativa para agricultores familiares e proprietários de pequenos e médios sítios e residências. Além de ser uma cultura de baixo custo e fácil manejo, o taro oferece uma série de benefícios nutricionais e oportunidades de comercialização. Com as técnicas adequadas de plantio, cultivo, colheita e processamento, é possível obter raízes de taro de alta qualidade e aproveitar ao máximo seu potencial.